domingo, 13 de fevereiro de 2011
PONTO FINAL!
decidi, neste início de ano por um ponto final neste blog, que passou por altos e baixos durante 2010. No começo do último ano estava com bastante tempo livre e atualizava constantemente o blog, depois, com as várias tarefas do decorrer do ano as atualizações foram ficando com um espaçamento maior de tempo.
Um novo ano começa, estarei com turmas novas, e também, com algumas do ano passado, mas decidi migrar o blog para uma outra plataforma, que permite maiores recursos. Portanto, a partir de agora os comentários sobre as aulas e os textos sobre os assuntos da História estarão sendo publicados no seguinte blog Profº José de Paula Santos.
Espero a visita de todos no novo blog, obrigado por terem acompanhado o Construindo a Nossa História!
Profº José de Paula Santos.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
QUAL A IMPORTÂNCIA DE SE ESTUDAR A CULTURA AFRO-BRASILEIRA.
Que brasileiro pode afirmar com certeza que não tem nenhum antepassado negro em sua família? Pouquíssimos. A presença do negro no Brasil, desde o século, é muito intensa, e dispersa por todas as regiões do Brasil.
Trazidos forçadamente da África para o Brasil pelos portugueses a população negra compõe física e culturalmente a identidade brasileira. Ou seja, o brasileiro é formado pela miscigenação de negros, brancos europeus e indígenas nativos e nossa cultura é um rico mosaico de todas as culturas ligadas a esses grupos étnicos (portugueses, índios, negros de diversas origens da áfrica, italianos, espanhóis, alemães, japoneses, entre outras nações culturais). Da África vieram ao Brasil negros de várias áreas do continente e de muitas culturas, como nagôs, minas e angolas, além de outros.
Os traços culturais destas populações estão presentes hoje em nossa cultura. Nas diversas formas de expressão cultural, na dança, na música, nas artes plásticas, no artesanato, em tudo. Está também, na religião, na culinária, no modo de vestir, enfim, no nosso modo de vida.
Por muito tempo, devido à opressão exercida pela sociedade, culturalmente elitizada pelos membros da elite, supostamente, de origem branca-européia, marginalizamos a cultura afro-brasileira tanto na escola, como em nossa vida. No entanto, de alguns anos para cá estamos revertendo esse quadro, mas ainda há muito a fazer. Devemos repensar nossa concepção de História do Brasil, da Cultura Brasileira, sobre quem são nossos heróis e que formas de manifestações culturais valorizamos.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
ATIVIDADE 7ºC - CAIPIRA.
ORGANIZE UM TEXTO A PARTIR DAS SEGUINTES PERGUNTAS:
- Onde vive o caipira?
- Que culturas entraram em contato e deram origem à cultura caipira?
Utilize o texto deste link.
- Qual a verdadeira marca do caipira?
Utilize o texto a "Marca do Caipira" do blog Cultura Caipira.
- Qual o significado do termo caipira nos últimos anos?
- Após ver o vídeo e responder as perguntas propostas conclua seu texto com sua própria opinião: ser caipira é legal?
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
11 DE AGOSTO: DIA DO ESTUDANTE.
11 de agosto é comemorado o Dia do Estudante. Por que foi escolhido esse dia?
Bom, primeiro, porque foi em 11 de agosto de 1827 que Dom Pedro I inaugurou os dois primeiros cursos Universitários de Direito no Brasil, em São Paulo e Pernambuco. Em 1927, para comemorar o centenário dos cursos de Direito no Brasil foi proposto que a data ficasse marcada como o dia do Estudante no Brasil, desde então o é celebrado neste dia.
Hoje, antes do início das aulas, na Escola Virgílio Rosas, o Professor Wilson fez uma fala em homenagem à todos os alunos de nossa escola.
Parabéns à todos os estudantes em seu dia!
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
LEITURA DE NOTÍCIAS
Hoje, encontrar essas notícias está muito mais fácil, além dos jornais e revistas se pode ter acesso a esse conteúdo através da internet, em portais gratuitos de informação. Portanto, não se informar só por falta de costume mesmo.
Para criar esse hábito de acompanhar as notícias e incentivar o estudo das Atualidades entre os estudantes estou propondo entre os alunos do 8º e 9º ano da Escola Virgílio Rosas que façam um arquivo de leitura, onde eles recortam, imprimem ou indiquem o link da notícia lida, registrandofoi de qual veículo de comunicação foi retirado, com a data e uma chamada para a matéria escolhida. Na última sexta-feira fizemos a primeira ficha na sala de aula e daremos sequência nas próximas aulas.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
A REVOLUÇÃO FRANCESA E MAIS UM EXEMPLO DA TEORIA SOBRE AS REVOLUÇÕES.
AS REVOLTAS DA PLEBE E UMA TEORIA SOBRE AS REVOLUÇÕES.
No entanto, talvez o que mais deve ter chamado à atenção na minha fala durante a aula foi minha teoria sobre a causa das disputas políticas em todas as sociedades, ou pelo menos, uma causa recorrente. Segundo meu raciocínio, uma das causas, que encontramos em muitas disputas políticas distribuídas por todas as eras históricas, é a ascensão econômica de um grupo social, até então sem direitos políticos.
O exemplo que me fez citar essa teoria na aula desta semana foram as Revoltas da Plebe durante a República Romana. As Revoltas da Plebe foram reivindicações políticas do grupo social desprivilegiado politicamente em Roma. A República Romana foi o período em que a Aristocracia Rural Romana concentrava todo o poder político de sua sociedade. O Senado, instituição política mais importante da República Romana era local exclusivo dos Patrícios, grandes proprietários de terra. Esse domínio vinha desde a Monarquia, mas com o advento da República foi possível a Roma iniciar seu processo de expansão geográfica, no primeiro século antes de Cristo Roma havia alcançado a sua máxima dimensão territorial, espalhada por colônias por três continentes do globo, Europa, África e Ásia. Essas colônias eram abastecidas por produtos romanos e forneciam outros para a sede da República.
Como os patrícios se recusavam a exercer a atividade comercial, por considerar essa ocupação degradante, ficou a cargo dos plebeus, população que até então era a base social da República Romana, responsável pela produção agrícola, que com o intenso comércio de produtos enriqueceram e tornaram-se o grupo mais importante economicamente do final da República.
A ascensão econômica da plebe levará esse grupo a exigir o direito de intervir no Estado Romano, progressivamente a plebe foi conquistando espaços de participação na política romana. Primeiro o direito de eleger os tribunos da Plebe, que tinham o poder de vetar qualquer decisão do Senado; segundo a instituição das leis escritas; terceiro o casamento interclasses, que levou ao fim das classes sociais e o direito de qualquer grupo social romano de integrar o Senado ou qualquer cargo das magistraturas romanas.
Outras tantas revoltas políticas pela História foram motivadas pelo enriquecimento de um grupo até então sem o direito de participação política, e quem sabe um dia eu consiga provar cientificamente essa minha teoria.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
REDES SOCIAIS, MÍDIAS SOCIAIS E MÍDIAS DIGITAIS: QUAL A DIFERENÇA?
Várias pessoas, inclusive, começam a trabalhar com a tal “web 2.0″ sem entenderem esses conceitos. Então vamos dar uma olhada neles agora.
Afinal, o quê é o quê?
Rede social é uma das formas de representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais dos seres entre si, em forma de rede ou comunidade. Elas podem ser responsáveis pelo compartilhamento de idéias, informações e interesses. Na internet, as redes sociais são as relações interpessoais mediadas pelo computador, e acontecem através da interação social em busca da comunicação. Exemplos mais famosos disso no Brasil são Orkut, Facebook.
Mídia social é o termo usado para definir a interação interpessoal no meio eletrônico, e trata-se da produção de conteúdo de muitos para muitos. É importante deixar claro que as redes sociais são apenas parte das mídias sociais. Segundo a Wikipédia, Andreas Kaplan e Michael Haenlein definem mídias sociais como “um grupo de aplicações para Internet construídas com base nos fundamentos ideológicos e tecnológicos da Web 2.0, e que permitem a criação e troca de Conteúdo Gerado pelo Utilizador“. Ou seja, fazem parte dela blogs, microblogs, redes sociais e afins. Outra coisa a ser relevada é a diferença entre blog e site, uma vez que o primeiro possibilita a interação blogueiro-leitor enquanto o segundo apenas disponibiliza conteúdo. E é essa falta de interação interpessoal que acaba com o 2.0 da coisa, tirando-o também da classificação de mídia social.
Mídia digital é a mídia eletrônica, ou meios de veiculação/comunicação eletrônicos baseados em tecnologia digital. Não requer necessariamente produção de conteúdo de muitos para muitos, nem relações interpessoais. Abrange sim a mídias social, mas não se detém nela. Temos como exemplo de mídia digital a internet, o celular, a TV digital e outros.
É sempre importante voltarmos vez ou outra e relembrarmos qual é a base de tudo. Se o primeiro passo do profissional é educar o cliente, então precisamos ter um conhecimento sólido da nossa área de atuação. Só assim saberemos definir as melhores estratégias e obter um resultado eficiente do nosso trabalho.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
ENCERRAMENTO DO CAFÉ CULTURAL E HOMENAGEM À SARAMAGO.
Cida Mathídios selecionou poemas de Cora Coralina sobre o cotidiano das famílias do interior do Brasil, trazendo ricas informações e envolventes dinâmicas que nos encantaram.
No último encontro, por ocasião da morte do escritor José Saramago, prêmio Nobel de Literatura de 1998, único escritor de língua portuguesa a receber tal título, propus uma homenagem à Saramago, ao trazer uma apresentação com fotos e textos do autor. Ao fim da homenagem doei à Biblioteca da escola, um exemplar do “Memorial do Convento”, um dos mais famosos livros de Saramago, para que toda a comunidade escolar possa ter acesso aos livros do escritor, já que Saramago foi muito importante para a literatura em língua portuguesa, sendo ele considerado o responsável por internacionalizar a prosa escrita em nosso idioma pelo mundo, além de ser um escritor preocupado com as temáticas sociais.
Em agosto, o Café Cultural será retomado, com outra temática e muitas novidades.
Alguns livros publicados de José Saramago:
# Terra do Pecado, 1947.
# Poemas Possíveis, 1966.
# Memorial do Convento, 1982.
# Evangelho Segundo Jesus Cristo, 1989.
# Ensaio sobre a Cegueira, 1995.
A poesia de Saramago:
Fala do velho do restelo ao astronauta
Aqui, na Terra, a fome continua,
A miséria, o luto, e outra vez a fome.
Acendemos cigarros em fogos de
napalme.
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza,
E também da pobreza, e da fome outra
vez.
E pusemos em ti sei lá bem que desejo.
De mais alto que nós, e melhor e mais
puro.
No jornal, de olhos tensos, soletramos.
As vertigens do espaço e maravilhas:
Oceanos salgados que circundam
Ilhas mortas de sede, onde não chove.
Mas o mundo, astronauta, é boa mesa.
Onde come, brincando, só a fome,
Só a fome, astronauta, só a fome,
E são brinquedos as bombas de napalme.
terça-feira, 15 de junho de 2010
REPÚBLICA VELHA - CRONOLOGIA, LITERATURA E DOCUMENTÁRIO.
1889 até 1894 - REPÚBLICA DA ESPADA
1894 até 1930 - REPÚBLICA DAS OLIGARQUIAS
Os presidentes da República Velha foram:
* 1889 até 1891 - DEODORO DA FONSECA - chefe do governo provisório e presidente eleito indiretamente.
*1891 até 1894 - FLORIANO PEIXOTO - assume após a renúncia de Deodoro da Fonseca.
*1894 até 1898 - PRUDENTE DE MORAIS.
*1898 até 1902 - CAMPOS SALES.
*1902 até 1906 - RODRIGUES ALVES.
*1906 até 1909 - AFONSO PENA - morreu durante o mandato.
*1909 até 1910 - NILO PEÇANHA - vice-presidente de Afonso Pena, concluiu o mandato.
*1919 até 1914 - HERMES DA FONSECA.
*1914 até 1918 - VENCESLAU BRÁS.
*1918 até 1919 - DELFIM MOREIRA - governa provisoriamente até a realização de novas eleições já que o presidente eleito, Rodrigues Alves, morre antes de assumir o governo.
*1919 até 1922 - EPITÁCIO PESSOA.
*1922 até 1926 - ARTUR BERNARDES
*1926 até 1930 - WASHINGTON LUÍS.
Como leitura complementar ao período da República Velha, em especial aos temas Coronelismo e Voto de Cabresto publico o texto de Lima Barreto, da obra "Vida Urbana".
“ _ Seu Doutor, eu vim incomodá-lo; mas precisa muito ficar bem com minha consciência.
_ Que há?
_ Eu não voto no doutor Rui.
_ Como você vai votar no Epitácio?
_ Nem num nem noutro.
_ Você está ficando indisciplinado; não é mais o correligionário disciplinado de antigamente. Que diabo foi isso? Eu não tenho sido companheiro para você?
_ Quero que o senhor não pense que sou mal-agradecido. Se estou empregado, devo ao doutor e...
_ Se você continuasse no partido, podia subir ou nós arranjávamos uma equiparação ou mesmo um aumento de vencimentos; mas...
_ Continuo no partido, doutor...
_ Como? Você não vota conosco...
_ Mas não voto no outro.
_ É o mesmo.
_ Não é doutor.
_ É sim Felício! Em política, quem não é por mim é contra mim. Você sabe disso, não é?
_ É e não é. Não estou contra o senhor não senhor! É que me deu uma coisa cá dentro e eu... [...]
_ Conte lá a história.
_ Vou contar. Trata-se – não é verdade? _ de escolher o homem que vai governar isto tudo. Quero dizer que ele vai governar todos os brasileiros, inclusive eu.
_ Daí?
_ Espere doutor! Pensei, então, eu cá com os meus botões: vou escolher uma pessoa que deve mandar em mim, na minha mulher, nos meus filhos, na minha casa até – preciso cuidado. Não é doutor?
_ Mais ou menos, é, pois há a lei que...
_ Isto de lei é história. Quem governa é ele mesmo...
_ Vamos adiante...
_ Um homem que vai ter tanto poder sobre mim, sobre os meus e sobre as minhas coisas para ser escolhido por mim mesmo, deve ser meu conhecido velho. Voluntariamente pela minha própria vontade, vou escolher um dono para mim, e sendo assim o meu dever é estar inteirado do sujeito que é – não acha?
_ Sim, não há dúvida. Mas você sabe quem é o Rui, penso eu.
_ Conheço. É um homem muito inteligente [...]
_ Mas por que você não vota nele?
_ Não voto porque não o conheço intimamente, de perto, como já disse ao senhor. [...] Mas tenho outros conhecidos, entre os quais posso procurar a pessoa para me governar, guiar e aconselhar.
_ Quem é?
_ É o doutor.
_ É voto perdido...
_ Não tem nada; mas voto de acordo com o que penso. Parece que sigo o que está no manifesto assinado pelo senhor e outros. ‘Guiados pela nossa consciência e obedecendo o dever de todo republicano de consulta-la’...
_ Chega Felício.
_ Não é isso?
_ É, mas você deve concordar que um eleitor arregimentado tem de obedecer ao chefe.
_ Se, mas isto é quando se trata de um deputado ou senador, mas para presidente, que tem todos os triunfos na mão a coisa. É o que penso."