quinta-feira, 15 de abril de 2010

TOLERÂNCIA SEGUNDO JOHN LOCKE.


Uma Igreja é uma sociedade de membros voluntariamente ligados para um fim comum, que está voltado para questões da alma. Por outro lado, nenhuma Igreja é obrigada pelo dever da tolerância a manter em seu seio qualquer pessoa que, depois de continuadas admoestações, ofenda obstinadamente as leis desta sociedade.
A partir dessas idéias, John Locke, filósofo inglês, defende a liberdade religiosa em amplo sentido, e propõe a separação total dos poderes religioso e político. Locke considerava que as guerras, torturas e execuções, em nome da religião, eram na verdade culpa da intervenção das crenças religiosas na política.
Locke entende que a comunidade (Estado) é “uma sociedade de homens, constituída somente para que estes obtenham, preservem e aumentem seus próprios interesses civis. Por interesse civil, ele entendia a vida, a liberdade e a salva-guarda do corpo e a posse de bens externos”. Portanto, o Estado tem como dever garantir a cada indivíduo esses direitos. As questões ligadas à fé não são de responsabilidade do Estado. Todo o poder do Estado relaciona-se apenas com os interesses civis.
Muitos confundem tolerância com aceitação. Não é bem isso. Locke defende a tolerância com base no principio grego da indiferença, ou seja, não se faz necessário aceitar como legítima ou verdadeira a crença alheia, bastando tolerar os diferentes cultos. Os diferentes grupos devem se tolerar mutuamente.
Assim como a religião não deve invadir o campo do Estado, o Estado não deve invadir o campo religioso. Sendo dever do Estado Laico (não religioso/sem uma religião oficial de Estado) garantir a liberdade de crença e culto.

terça-feira, 13 de abril de 2010

MUDANÇAS CAPITALISTAS.

Texto adaptado de Eric Hobsbawn, "A Era do Capital", usado na aula do 9º ano da Escola Virgílio Rosas.

A economia capitalista mudou de 4 formas significativas entre o fim do século XIX e início do século XX:
Em primeiro lugar, entramos em uma nova era tecnológica, uma era de novas fontes de poder (eletricidade e petróleo, turbinas e motor a explosão), de nova maquinaria baseada em novos materiais (ferras, ligas, metais não ferrosos), de indústrias baseadas em novas ciências, tais como a indístria em expansão da química orgânica.
Em segundo lugar, entramos também cada vez mais na economia de mercado de consumo doméstico, iniciada nos Estados Unidos desenvolvida (na Europa ainda modestamente) pela crescente renda das massas, mas sobretudo pelo enorme aumento da população dos países desenvolvidos. De 1870 a 1910, a população da Europa cresceu de 290 para 435 milhões, a dos Estados Unidos, de 38,5 milhões para 92 milhões.
Em terceiro lugar, havia uma competição internacional entre economias industriais nacionais rivais - a inglesa, a alemã, a norte-americana. Essa competição levava à concentração econômica ao controle de mercado e à manipulação.
Por fim, o mundo entrou no período do imperialismo. As potências passaram a dividir o globo para realizar seus próprios negócios. As novas industrias precisavam de matérias-primas que não existiam nos países desenvolvidos: petróleo, borracha, metais não-ferrosos. A nova economia precisava de quantidades crescentes de matérias-primas produzidas nos países subdesenvolvidos. Essa divisão global entre entre áreas desenvolvidas, embora não fosse nova, começou a tomar uma forma moderna e durou até a década de 1930.

sábado, 10 de abril de 2010

CRISTOVÃO COLOMBO E O PENSAMENTO RENASCENTISTA


Nesta semana estou introduzindo o assunto Renascimento Científico e Cultural nos sétimos anos da Escola Virgílio Rosas, e é sempre muito difícil provocar nos estudantes a sensação de pensar de forma próxima aos homens pré-renascimento. Para introduzir o assunto eu sempre procuro ressaltar alguns aspectos do pensamento medieval, em especial a questão do formato do planeta, se a Terra se move ou se ela está no centro do universo. É sempre um desafio, pois ao perguntar para as salas se a Terra é mesmo redonda, eu sempre escuto: “É claro professor, já vi fotos de satélite. Os astronautas que viram a Terra nas viagens pra Lua falam que é.” Até aí, normal, porque realmente nossa realidade hoje nos prova que a Terra é realmente esférica, e essas informações são facilmente comprovadas. Mas depois eu pergunto, e se nós não tivéssemos nem os satélites e nem as viagens espaciais, saberíamos dizer se a Terra é realmente esférica? Nesta hora a resposta dos alunos, normalmente, é o silêncio.
Então, eu entro com uma história sobre Cristovão Colombo, que eu considero ótima para exemplificar o contraponto entre o pensamento medieval e o renascentista, pois a partir de uma atividade simples de observação, ele desconstrói o pensamento medieval de que a Terra seria plana. Ao observar as embarcações partindo da praia, Colombo percebe que depois de determinado tempo elas desaparecem no horizonte. Ao fazer uso de uma luneta, ou outro instrumento que amplie o poder de alcance da visão, as embarcações também desaparecem no horizonte. Mesmo usando instrumentos com potente poder de alcance, as embarcações desaparecem da visão. Ele concluiu que mesmo tendo um poder de longo alcance, não adiantaria observar as embarcações, pois elas sumiriam mesmo, isso porque, não é a limitação da visão que faz com que as embarcações desaparecem, e sim por que a Terra não é plana, e sim curva, porque as embarcações não desaparecem de uma só vez, mas sim progressivamente, de baixo para cima, como se elas tivessem descendo uma ladeira, e sendo observada por alguém do alto desta mesma ladeira.
Oi ao chegar a esta conclusão, que Cristovão Colombo formulou sua teoria de que ao navegar sempre na mesma direção, se não encontrasse nenhuma barreira pela frente, se daria à volta no planeta e voltaria para o ponto de partida. Um gênio, mesmo sem observar o planeta de fora, ele consegue chegar a esta conclusão, que ninguém ainda contestou. A Terra realmente não é plana, e sim esférica.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Vídeos: Revolução Industrial, Globalização e Revolução das Mídias Sociais.












Hoje, a aula do 9º ano, da Escola Virgílio Rosas, foi na sala de vídeo, onde projetamos curtas sobre os assuntos das últimas aulas.
O primeiro vídeo fala da Revoluçao Industrial, que antecede todos os temas das aulas de História nesse início de ano. A importância do processo de industrialização é condição tanto para as unificações de Itália e de Alemanha, quanto para a expansão imperialista do fim do século XIX e do iníco do século XX, que levaram as duas Guerras Mundiais. O importante, sobre a Revolução Industrial, e que o vídeo nos ajuda a compreender é a evolução da tecnologia, que se inicia a sim que o homem surge no planeta, ainda no Paleolítico Inferior, quando o homem passa a construir suas ferramentas com pedra lascada e ossos de animais. A Era Moderna inicia um novo conceito de tecnologia, com o processo de industrialização da produção de mercadoriais. A partir do uso de fontes de energia o homem substitui a força humana ou animal pela força motriz (gerada a partir dos recursos naturais). Primeiro a humanidade passa a utilizar o carvão para mover as máquinas à vapor, mas é com a segunda Revolução Industrial, com o uso do Petróleo como fonte de energia, que esse processo de mecanização da produção se espalha pelo planeta. A partir destas duas tecnologias, máquinas à vapor e motores a combustão (energia à partir do petróleo) desenvolveu-se os transportes de massa e de grande velocidade, que facilitaram o processo de integração global, tanto das economias como da cultura e informação.
A partir dessa integração comercial e cultural intensifica-se o que se chama de GLOBALIZAÇÃO, processo que se inicia desde o fim do Feudalismo, com o processo das Cruzadas, mas que vai ganhar a forma como conhecemos hoje a partir da segunda Revolução Industrial que provoca uma nova onde de colonização, que conhecemos como Expansão Imperialista do século XIX. Essa Globalização, ainda em curso, é o processo de aculturação das nações mundiais, na medida em que os países mais ricos passam a impor sua cultura sobre os países mais pobres. Essa imposição está presente na medida em que achamos que devemos consumir as mesmas informações, produtos e elementos culturais aqui no Brasil, nos EUA, na Europa, na China, na Índia ou em qualquer país da África, a partir da imposição das marcas mundiais (multinacionais).
Ligados econômica e culturalmente, as nações mundiais se tornam reféns uma das outros e quando uma delas deixa de interagir com as outras (crises econômicas locais) esse corte no ciclo mundial transforma um problema regional em uma crise mundial, vide a última crise mundial, com origem nos EUA, que devido a um problema econômico interno, deixou de consumir produtos do mercado internacional, levando a crise norteamericana para os outros países integrados ao sistema mundial, conhecido como Globalização.
Esse sistema Globalizado, segundo alguns críticos, serve apenas aos interesses das grandes coorporações econômicas mundiais, que se apropriaram desse processo de Globalização cultural do planeta para imporem à todos os países as suas marcas e produtos. Esse processo intensifica uma divisão social e econômica, dividindo a população mundial em pobres e ricos. As nações que rejeitam integrar esse modelo de integração global acabam sendo forçadas a se "globalizarem" a partir das intervenções militares dos países ricos ou dos próprios orgãos multinacionais, como a ONU (Organização das Nações Unidas), que encontram alguma brecha política para justificarem sua invasão militar. É assim, por exemplo, no Iraque e no Afeganistão de hoje, que estão ocupados pelas nações ricas, com boinas azuis da ONU, com a justificativa de levar à esses países a democracia e a civilização. Essas interverções militares não respeitam os direitos das nações de não participarem do sistema global.
Por fim, o último vídeo, mostra a suposta nova moda social, que é a interação entre as pessoas a partir de relacionamentos virtuais, a partir do que se convencionou chamar de Redes Sociais (Orkut, Twitter, Facebook, etc). A conclusão a que se chega ao assistir o vídeo, é que isso não é um modismo, mas sim o início de uma nova forma de vida, uma revolução nas relações sociais, que se davam a partir de relacionamentos presenciais (fisícos) e agora acontecem virtualmente. O vídeo insiste em dizer que nos dias de hoje se exige cada vez mais a presença digital das pessoasem todas as áreas da vida, inclusive na economia, que passa a ser guiada, tambpem, a partir da virtualização da sociedade. Ele chama esse processo de Socioeconomia, onde as relações comerciais se deram dentro das redes sociais virtuais.
A intenção de passar esses vídeos todos juntos, é mostrar que tanto a Revolução Industrial, quanto a integração mundial conhecida como Globalização e, agora, a Revolução das Mídias Sociais Virtuais são parte do mesmo processo, que ainda está em andamento, e que está mudando a forma de vida das pessoas de todas as partes do planeta.

terça-feira, 30 de março de 2010

O FEUDALISMO E O RENASCIMENTO COMERCIAL - RESUMO.

O Feudalismo antecedeu a organização social burguesa, que começou a se formar a partir do movimento das Cruzadas, com a ascensão da burguesia. As principais características da do Feudalismo foram à retração geográfica do Mundo Cristão, que tinha atingido seu ápice na Antiguidade com o Império Romano; o processo de ruralização da população, que migrou das cidades para as propriedades rurais denominadas feudos e; uma sociedade de privilégios, dividida por ordens sociais (estamentos) e sem mobilidade social. Devemos ressaltar, ainda, a importância da religiosidade e da Igreja Católica para o período, já que o Homem Feudal, não reconhecia nenhuma nacionalidade, sendo condição de identidade na Europa Ocidental do período, a religião Católica. Portanto, o Homem não se declarava Francês, Alemão ou feudal, ainda mais que se tratava de uma sociedade onde o domínio da escrita não era universal, poucas pessoas tinham esse conhecimento, em geral eram pessoas ligadas a Igreja Católica (o clero).
A partir do século XI, a Europa Feudal passou por um processo de aumento populacional, o que obrigou ao Mundo Feudal expandir sua área de ocupação para poder alocar toda essa população e produzir os alimentos necessários para o seu abastecimento. Neste contexto surge ao Movimento Cruzadista, onde com a justificativa de reconquistar a Terra Santa, os Católicos da Europa promovem a expansão de seus domínios por outras partes da Europa e por regiões da Ásia (Oriente Médio). Essa expansão do mundo ocidental, ocasiona a reabertura das rotas comerciais entre a Europa e Oriente, proporcionando assim o Renascimento da atividade Comercial na Europa. O Renascimento Comercial permitiu a Europa Ocidental a abastecer sua população a partir da compra de produtos de outras regiões. Por razões de segurança os mercadores passaram a se concentrar nos burgos, por serem áreas mais fortificadas, por isso a denominação de burgueses. Os burgos passam a ter de novo um atrativo para a população, passando mais uma vez a concentrar a população. É a partir dos burgos que surgem as cidades.
As transformações ocasionadas pelo ressurgimento comercial e urbano na Europa após as Cruzadas quebraram o equilíbrio do mundo feudal, e levou a substituição do modo de vida feudal. Os burgueses, moradores das novas cidades, ligados a atividade comercial, ganharam importância social, passando a compor um grupo social inexistente no mundo feudal. O comércio passou a ser a atividade econômica principal substituindo a agricultura do mundo feudal.

PRÉ-HISTÓRIA - RESUMO.

É período da História humana que antecede a escrita, tempo compreendido deste o aparecimento do Homem no planeta até a invenção da escrita, por volta de 3500 anos antes de Cristo. Podemos dividir o período em 3 fases:
• PALEOLÍTICO: onde o Homem vive em pequenos grupos nômades (migram de um lugar para o outro em busca de alimentos) em busca de sua subsistência através da caça, pesca e coleta de frutas e raízes.
• NEOLÍTICO: é considerada uma fase de intensa transformação no modo de vida, em especial porque o Homem passa a dominar a Agricultura e a Domesticar os animais, possibilitando sua fixação em único lugar (sedentarização), pois com essa mudança passa a ter o controle sobre a produção de alimentos. O aperfeiçoamento tecnológico na produção dos utensílios proporciona a formação de excedentes produtivos (sobra de alimentos), propiciando a separação entre o trabalho manual (camponeses e artesãos) e trabalho intelectual (administradores da produção, responsáveis pela escrita e contabilidade)
• IDADE DOS METAIS: período onde se iniciou o uso dos metais no fabrico dos utensílios. Fase da Revolução Urbana, onde as aldeias transformaram-se em grandes aglomerados humanos (cidades) e do aparecimento das primeiras civilizações, com uma organização social mais complexa.

sexta-feira, 26 de março de 2010

REVOLUÇÃO DIGITAL





Durante esses últimos dias o debate sobre a Presença Digital e a importância das mídias sociais no modo de vida contemporâneo tem sido intenso, tanto nas atividades profissionais (escola), quanto em outras atividades. Tenho conversado muito com o 9º E, do Virgílio Rosas, sobre esse assunto, mesmo porque, o tema das aulas desta semana é Imperialismo, onde a Globalização se intensificou. Na realidade, a Globalização pode ser considerada uma nova fase do Imperialismo, na medida em que ela é uma dominação cultural não escancarada pela presença militar, mas sim pelo domínio de uma Cultura, mais próspera econômicamente, fortalecida pelas grandes corporações multinacionais, em detrimento de culturas de nações econômicamente subjugadas.
Segundo teoria que venho aderindo nos últimos tempos, a Presença Digital vem ganhando terreno no nosso mode de viver, hoje, podemos comprar qualquer prouduto pela rede mundial de computadores, fazermos o pagamento e recebê-lo sem sair de casa, em poucos dias, as vezes a entrega é feita em um prazo inferior à 24 horas. As relações sociais estão cada vez mais se iniciando nas redes sociais como Orkut, Twitter ou Facebook. Quem não tem um amigo que conheceu pela internet? E hoje conversa diarimente com ele pelo MSN?
Hoje, a rede mundial de computadores é um dos melhores lugares para se procurar emprego, as empresas disponibilizam vagas na rede, recebem currículos por e-mail ou tem sítios específicos para cadastramento de currículo, portanto, a Inclusão Digital é condição hoje para a questão profissional.
Eu mesmo, tenho feito um curso de capacitação profissional que apresenta a modalidade Bi-modal, tem parte da carga horária em aulas presenciais e outra parte em atividades em um Amiente Virtual de Aprendizagem, onde trocamos exoeriência, nos é disponibilizado conteúdo para estudo e onde realizamos as atividades pertinentes ao curso.
Enfim, a vida está mudando, é necessário incluirmos todos digitalmente, interagirmos pelas redes sociais, o custo de aquisição de um PC hoje caiu muito em relação à anos atrás, é preciso que seja democratizado o acesso à conexão em banda larga para que todos tenham condição semelhante de acesso a rede mundial de computadores, a INTERNET.

quinta-feira, 25 de março de 2010

BRASIL OU AMÉRICA PORTUGUESA?


Como chamar o território brasileiro nos séculos XVI, XVII, XVIII e início do XIX, já que nesse período estávamos sob administração colonial portuguesa. Seria já o Brasil, ou outra nação? Éramos parte do Império Ultramarino Português, primeiro na condição de Colônia, depois na de Vice-Reino. Até a família real portuguesa desembarcou por aqui, e viveu anos em nossas terras. Ou terras deles, já que pertencíamos a Portugal?
Essa é uma questão que parece controversa, tanto quanto a questão da dita “Descoberta do Brasil”, que na realidade já havia sido descoberto pelas populações nativas (indígenas) muito tempo antes dos portugueses.
Só vamos poder chamar de Brasil nosso território quanto à nacionalidade brasileira for forjada, antes disso não é possível, enquanto os habitantes de nossa terra se reconhecerem Portugueses, Espanhóis, das nações africanas e das nações indígenas, devemos nominar nosso espaço como América Portuguesa, pois é a parte do continente americano que estava sob administração de Portugal.
Somente no final do século XVIII e início do século XIX que a nacionalidade brasileira começou a ser forjado, com os habitantes do Novo Mundo, já a algumas gerações e a ocupação interiorizada, é que o ser brasileiro passa a existir em nossas terras. É a intenção de se tornar independente do Portugal a força que promoverá a nacionalidade brasileira, forjada por uma oligárquica econômica, cansada de se subordinar à Monarquia Portuguesa e inspirada nos ideais Iluministas e nas Independências da América Inglesa (EUA), partes da América Espanhola e de partes da América Francesa (o Haiti). Aliás, a independência do Haiti, servirá como modelo a ser evitado pelas oligarquias fundiárias do Novo Mundo, escravistas, já que a nação Haitiana se constituirá como a primeira nação negra da América, onde a antiga população escrava negra exterminará a população branca de origem francesa.
Portanto, Brasil, brasileiro, são conceitos que surgem muito depois da chegada dos portugueses na América, até eles serem forjados, devemos chamar nosso território de América Portuguesa.

Texto em homenagem ao Professor István Jancsó (1938-2010), Historiador e professor da USP, coordenador geral do projeto Brasiliana USP, a digitalização do acervo do bibliófilo José Mindlin, morto nesta semana, “vale dizer” que tive a honra de cursar um semestre com esse “mestre”, historiador da nacionalidade brasileira.

quarta-feira, 24 de março de 2010

GLOBALIZAÇÃO E INTERNET

Hoje, em aula no 9º E, ao entrar na sala depois da aula de Geografia, os alunos estavm conversando sobre o assunto que haviam acabado de estudar com o Professor Sérgio, de Geografia, a Globalização. Por coincidência, o assunto da aula de História tinha muito a ver com o de Geografia. A programação era falar sobre a Expansão Imperilaista do séc XIX. O Imperialismo é a origem da Globalização, portanto, tudo a ver com o assunto da aula de Geografia. Mais uma vez a conversa caiu para o lado da Internet, já os estudantes têm muito interesse nesse tema. Os meios de comunicação são extremamente importantes para a Globalização e a Internet vêm rompendo barreiras culturais que pareciam intransponívies até então.
Falamos sobre a invenção da Internet, que teria sido uma arma de espionagem e contra-espionagem americana durante a Guerra Fria, década de 50 do século passado, e ao fim desse período, com a queda do Muro de Berlim e a desintegração geográfica da URSS, esse mecanismo passou a ser desnecessário e obsoleto para espionagem norte-americana. Como já estava tudo em funcionamento, foi dado um novo uso a internet, um uso para social e de lazer. Foi então, que na década de 90, do século passado, que se abriu o acesso a rede mundial de computadores para nós, usuários comuns, que procuramos a rede para trocarmos e-mails, para compor as redes socias, trocar mensagens instantâneas, entre outros passatempos e para a pesquisa de conteúdo. A cada dia uma nova utilidade é agregada a Internet.
A conversa foi para esse rumo, quando a aluna Jeciara citou a notícia de que a China proibiu o acesso ao Google para seus usuários de Internet. O motivo é que o governo chinês, até então, vinha recebendo do Google um tratamento diferenciado, a seu pedido, onde o site limitava o acesso aos chineses à conteúdos considerados inadequados pelo seu governo. Esse acordo funcionava bem, até que o Google passou a redirecionar o acesso dos chineses aos conteúdos inadequados que eram bloqueados, para uma área de livre acesso, o Google Hong Kong, onde não existe restrição de conteúdo. Ao fazer isso, o Google sofreu retaliação do Governo Chinês que passou a bloquear o acesso dos chineses a todo o conteúdo do Google, inclusive os não considerados impróprios.
Podemos considerar que atribuir a determinados conteúdos o caráter de impróprio pode paracer censura, mas temos de levar em consideração que o modo de vida chinês é diferente do nosso mode de vida, esse país por muito tempo mantinha relações distantes com os países ocidentais, e nos últimos 30 anos vêm se aproximando novamente do Mundo Ocidental. restringir o acesso a determinados conteúdos se faz necessário mesmo entre nós, ou alguém é a favor da pedofilia e da pornografia na Internet. É um assunto controverso, mas que temos que dscutir.
Mais uma vez, o assunto voltou para o acesso à Internet no Brasil, tanto aos conteúdos, quanto ao acesso da Internet em Banda Larga (navegação mais rápida). Qual é o seu custo, se a iniciativa oferece o serviço adequado, no preço justo, falamos um pouco sobre o projeto do Plano Nacional de Banda Larga e as modalidades de se oferecer o serviço, como por exemplo a opção de se transmitir o sinal da Internet via linhas de transmissão de energia elétrica, que já existe em outros países.
É sempre muito interessante falar desses assuntos com os alunos, penso que todos os conteúdos são pertinentes às aulas. A rede mundial de computadores é hoje uma peça fundamental da engrenagem que é a Globalização, a massificação cultural que vivemos foi acelerada pela Internet, por exemplo. Também é preciso falar que a Internet vem mudando a relação de nossa sociedade com a produção e circulação da informação. Antes tínhamos que esperar a notícia ser publicada nos jornais e revistas, depois ser divulgada pelas rádios e televisões, que com os links ao vivo já pareciam ser o ponto final da revolução da comunicação. Mais ainda o acesso a produção da informação não havia sido ainda popularizada. A internet vem tendo esse papel. Qualquer pessoa com acesso a rede, seja em casa ou em locais de acesso público, como lan houses ou infocentros, pode lançar suas próprias notícias e conteúdos nos blogs (como esse), nos fóruns de debate das redes sociais, como twitter, orkut, facebook, youtube, essa característica dota a Internet de uma utilidade que vem rompendo as últimas barreiras do controle a informação, agora precisamos romper a barreira do acesso à Internet, quando a Banda Larga for como a TV, chegar a praticamente todas as casas, a Revolução estará completa.

terça-feira, 23 de março de 2010

RESOLUÇÃO DE ATIVIDADES: 9º E – VIRGÍLIO ROSAS DA SILVA

1) Que características semelhantes eram condições tanto para a unificação italiana quanto para a alemã?
Resposta: O desenvolvimento industrial de áreas que pertenceriam aos futuros Estados da Itália e da Alemanha. Esse desenvolvimento industrial gerou uma necessidade de ampliar os mercadores consumidores de produtos industrializados e fornecedores de matéria-prima. Além disso, ambas as regiões estavam fragmentadas politicamente e sofriam interferência de nações estrangeiras como França e Áustria.

2) Analise a afirmação:
“Tanto a unificação italiana quanto a alemã foram impulsionados pelo desenvolvimento industrial comandado pela burguesia. Assim o nacionalismo serviu apenas de instrumento para a concretização desses processos de unificação.”
Você concorda com essa afirmação? Justifique sua resposta.
Resposta: Sim, concordo. Os processos de unificação tanto de Itália quanto de Alemanha sofreram grande influência das áreas industrializadas, que aceleraram a questão nacional, por interesses econômicos.

3) Explique com suas palavras a Questão Romana.
Resposta: A Questão Romana foi o imbróglio entre a Igreja Católica e o novo Estado Italiano, quando da unificação da cidade de Roma à Itália, o papa não aceitou inicialmente essa situação, recusando-se a sair do Palácio do Vaticano, declarando-se prisioneiro do novo estado. A questão só foi resolvida em 1929, quase 60 anos após a unificação italiana com o Tratado de Latrão.

4) Compare o Zollverein com os atuais blocos econômicos como Mercosul e União Européia.
Resposta: O Zollverein foi uma antecipação dos blocos econômicos atuais, na medida em que reuniu pequenos estados na Confederação Germânica, que eliminaram suas barreiras alfandegárias, mas em uma proporção nacional. Os atuais blocos econômicos vêm eliminando as barreiras comerciais entre nações em proporção continental.

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